COMERCIO ELETRONICO

05/02/2013 08:36

Comércio eletrônico brasileiro chega a R$ 7,8 bi até julho.

Comércio eletrônico brasileiro chega a R$ 7,8 bi até julho e supera vendas de shoppings centers da Grande São Paulo.

Fecomercio altera metodologia da PCCV e, em parceria com a e-bit, passa a acompanhar o e-commerce na Região Metropolitana de São Paulo.

O comércio eletrônico faturou R$ 7,8 bilhões no Brasil de janeiro a julho deste ano, um crescimento de 41,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse faturamento supera o total de vendas dos shoppings centers da Grande São Paulo, no mesmo período, estimado em R$ 7,2 bilhões. Os dados resultam de uma pesquisa desenvolvida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a empresa e-bit.

A maior presença do e-commerce no varejo levou a Fecomercio a rever a metodologia de apuração da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), desenvolvida mensalmente desde 1970. A partir de agora, o comércio eletrônico passa a ser acompanhado como um segmento do varejo, denominado, dentro da pesquisa, como “e-PCCV”.

“Sempre dentro do objetivo de se manter moderna e adequada ao perfil do varejo, a PCCV vem sofrendo, ao longo dos anos, atualizações técnicas e metodológicas, buscando preservar o seu reconhecido grau de precisão e de confiabilidade, em função da dinâmica que caracteriza o segmento comercial e que exige aprimoramentos constantes”, afirma o diretor executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges. “Incorporamos na PCCV o faturamento acompanhado pela e-bit nas transações de vendas efetuadas pela internet como forma de reconhecimento à crescente e inegável expressividade que o segmento vem assumindo no âmbito do varejo brasileiro”, acrescenta.

O processo de incorporação dos dados relativos ao e-commerce na PCCV exigiu uma revisão profunda da metodologia, o que permitiu viabilizou a apresentação de informação inédita em levantamentos de conjuntura varejista: o volume mensal estimado das vendas, em valores monetários, para todas as atividades pesquisadas pela PCCV e e-bit. Dessa forma, chegou-se ao valor de R$ 55,62 bilhões o faturamento total do varejo na Grande São Paulo nos sete primeiros meses do ano, expansão de 10% sobre o mesmo período do ano anterior.

De acordo com o diretor de marketing e produtos da e-bit, Alexandre Umberti, a parceria estabelecida é positiva para os dois lados. “A presença da e-bit em indicadores importantes como os da Fecomercio consolida ainda mais a empresa como referência em informações de e-commerce, além de acrescentar ao PCCV números importantes de um mercado que vem ocupando um espaço cada vez maior na economia brasileira”, afirma o executivo.

O e-commerce movimentou R$ 1,25 bilhão, de janeiro a julho de 2010, na RMSP, alta de 29,3% ante igual período de 2009. Em julho, o segmento correspondeu a 2,3% do total das vendas na Grande São Paulo. “Estima-se que o comércio eletrônico cresça na ordem de 30% ao ano e, se isso acontecer, nos próximos dois anos as vendas desse segmento tendem a superar as de lojas de departamentos e de móveis e decoração. O comércio eletrônico deixará de ser, no futuro, a nona força do varejo paulista para ficar em sétimo lugar”, projeta Borges.


Fonte: e-bit

As estimativas da e-bit indicam que o comércio eletrônico deve fechar o ano de 2010 com um faturamento da ordem de R$ 14,3 bilhões, uma expansão de 35% em relação ao ano anterior. Como referência, esse valor supera, segundo cálculos da Assessoria Econômica da Fecomercio, 10% superior a o orçamento do Programa Bolsa Família de 2010; a soma dos orçamentos anuais de cinco ministérios (Comunicações, Cultura, Meio Ambiente, Esportes e Turismo), e também representa 6,5 vezes o orçamento anual do Ministério da Cultura; corresponde à venda 350 mil veículos; e equivale ao valor gasto, anualmente, por todas as famílias brasileiras com roupa feminina; e maior do que a despesa total das famílias do País com gás doméstico.

Para o total do varejo na Grande São Paulo em 2010, a Fecomercio projeta um crescimento total de 7% (6,6% no varejo tradicional e 25% no eletrônico). A única variável que pode comprometer tal prognóstico, alerta a Assessoria Econômica da Federação, é a prorrogação por um prazo muito extenso do ciclo de altas na taxa básica de juro, contaminando, assim, os custos dos empréstimos para pessoas físicas.
 




Nos primeiros sete meses do ano, as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos registraram as maiores altas no varejo da Grande São Paulo, com expansão de 23,8% nas vendas em relação ao mesmo período de 2009. Em seguida, com alta de 15,7% na mesma base comparativa, veio o setor de vestuário, tecidos e calçados. Considerando o faturamento, os supermercados lideram o varejo da RMSP, ao atingir R$ 18,98 bilhões, elevação de 4,7% ante o mesmo período do ano passado.

De acordo com a Assessoria Econômica da Fecomercio, a prolongada continuidade, em níveis positivos, dos indicadores determinantes do consumo – renda, emprego, crédito, inflação e confiança do consumidor – e a ausência de ameaças a esse cenário, no curto prazo, mantêm e mantiveram as vendas em níveis aquecidos no primeiro semestre e em julho passado, dando um tom otimista para o desempenho do comércio até o final deste ano.